A um ano das eleições presidenciais de 2026, a avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mostra uma melhora gradual, conforme a nova rodada da pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (8). Embora a avaliação negativa (37%) siga maior que a positiva (33%), ambas apresentaram um avanço ou recuo favorável ao governo no último mês.
Os dados do levantamento, realizado com 2.004 pessoas entre 2 e 5 de outubro, mostram o seguinte quadro na avaliação da gestão:
O aumento da popularidade é atribuído a uma série de vitórias políticas recentes, como a reação ao "tarifaço" imposto por Donald Trump e a aprovação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Segundo Felipe Nunes, CEO da Quaest, "o acúmulo de vitórias políticas, transformadas em mais notícias positivas, é um bom sinalizador do que está acontecendo".
No panorama geral de aprovação e desaprovação do desempenho pessoal do presidente, a tendência de melhora também se confirma: a desaprovação recuou de 51% para 49%, enquanto a aprovação subiu de 46% para 48%.
Divisão Regional e Temas Políticos
A Quaest aponta que o crescimento da aprovação é mais forte no eleitorado feminino (52%) e na região Nordeste (62%). A desaprovação ainda é majoritária no Sudeste (52%), Sul (56%) e Centro-Oeste/Norte (55%).
A isenção do IR foi aprovada por 79% dos entrevistados. Já a atuação de Lula na ONU e o encontro com Trump também foram vistos de forma positiva: 52% consideraram o discurso na ONU bom, e 49% acham que o encontro com o presidente americano o deixou mais forte politicamente.
Apesar da recuperação de popularidade, a pesquisa indica que a desconfiança ainda persiste:
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A avaliação de que Lula é bem intencionado está empatada (47% Sim x 47% Não).
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63% dos entrevistados afirmam que o presidente não tem conseguido cumprir as promessas de campanha.
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56% dos brasileiros consideram que o país está indo na direção errada.
O levantamento também mostra que a maioria dos brasileiros é contrária ao PL da Anistia (47% contra, 35% a favor) para os condenados pelos atos de 8 de janeiro.