Moradores do Complexo da Penha, no Rio de Janeiro, relataram uma cena de horror durante a madrugada desta terça-feira (28). Ao menos 40 corpos foram retirados de uma área de mata próxima à comunidade e levados até a Praça São Lucas, segundo informações de testemunhas locais.
A operação, conduzida pelas polícias Civil e Militar contra uma facção criminosa que atua na região, já havia registrado dezenas de mortes ao longo do dia. Com as novas descobertas, o número total de vítimas pode ultrapassar 100, o que tornaria essa a operação policial mais letal da história do Brasil.
Ainda não há confirmação oficial sobre o número exato de mortos. Agentes continuam atuando nas comunidades da Penha e do Alemão, onde há relatos de confrontos intensos e desaparecidos. Moradores afirmam que muitos corpos permanecem nas áreas de mata e que há dificuldade no acesso por conta dos bloqueios policiais.
A Defensoria Pública e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) pediram apuração imediata e transparência nas informações sobre a operação. Organizações de direitos humanos também cobram explicações sobre o uso da força e os critérios adotados durante a ação.
O Governo do Estado do Rio de Janeiro ainda não se pronunciou oficialmente sobre o possível número de mortos.
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