No mesmo dia em que o Rio de Janeiro registrou a operação policial mais letal de sua história, a Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados foi palco de um intenso bate-boca entre parlamentares. O embate começou entre o deputado Paulo Bilynskyj (PL-RJ) e a deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ), durante uma sessão marcada por divergências sobre a ação das forças de segurança nos complexos da Penha e do Alemão.
A discussão teve início quando Talíria criticou a violência policial e pediu investigação sobre as mortes registradas. Bilynskyj rebateu as declarações, defendendo a atuação da polícia e acusando a parlamentar de “defender criminosos”. O clima esquentou, e a troca de acusações tomou conta da sessão, obrigando o presidente da comissão a intervir.
Nos minutos finais, o deputado Sargento Fahur (PSD-PR) também se envolveu no debate, elevando ainda mais o tom da discussão. Ele declarou apoio irrestrito aos policiais envolvidos na operação, afirmando que “bandido bom é bandido preso ou neutralizado”, o que gerou protestos de outros membros da comissão.
A sessão terminou sem consenso e em meio a gritos e interrupções. O episódio reflete a polarização em torno das políticas de segurança pública no país, especialmente após a operação no Rio de Janeiro, que deixou mais de 100 mortos e reacendeu o debate sobre o uso da força e os direitos humanos.