A crise no Partido Liberal (PL) em Santa Catarina se intensificou após a deputada federal Carol de Toni reagir à decisão do ex-presidente Jair Bolsonaro de reservar uma das duas vagas ao Senado para seu filho, o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL). A parlamentar catarinense reivindicou a segunda vaga, afirmando que havia recebido promessa do governador Jorginho Mello de que seria candidata.
A divergência veio à tona após uma reunião em Brasília entre Jorginho e Bolsonaro, na qual o governador defendeu o nome do senador Esperidião Amin (PP) como alternativa para ampliar alianças e garantir tempo de TV em sua tentativa de reeleição.
Em entrevista à rádio Rede Princesa, em Xanxerê, Carol fez um desabafo contundente e cobrou respeito dentro do partido. “Se eu me elegi a primeira vez foi graças a Bolsonaro. Mas agora chego num momento em que preciso mostrar independência. Não sou subordinada a Amin, Jorginho ou João”, afirmou.
A deputada deu prazo até março para que o impasse seja resolvido. Caso contrário, prometeu buscar “um novo rumo em um partido independente”. Em tom firme, reforçou: “Tem gente que acha que posso ser fantoche ou palhaça, mas aqui ninguém é palhaço. Eu durmo com a consciência tranquila”.
Carol concluiu dizendo que sua postura será pautada pela vontade dos catarinenses e não por acordos de cúpula. “Minha movimentação será com independência, coragem, caráter e palavra — algo que tem faltado hoje na política catarinense”, finalizou.