A possibilidade de o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, deixar a Corte para disputar a Presidência da República em 2030 veio à tona com a declaração de seu ex-assessor, Eduardo Tagliaferro. A afirmação, feita em entrevista à Gazeta do Povo, reacendeu discussões sobre o papel político de membros do Judiciário.
Segundo Tagliaferro, a informação sobre a pretensão presidencial teria sido compartilhada por uma chefe de gabinete de Moraes no período em que ele trabalhava próximo ao ministro. "Ele tem pretensão de governar o país, de ser majoritário no Brasil. Alexandre de Moraes quer ser presidente da República”, declarou o ex-assessor.
A declaração gerou grande repercussão e foi amplamente divulgada em portais de notícias. Tagliaferro complementou com críticas pessoais, classificando Moraes como "narcisista" e "centralizador", e alegando que o ministro "não se contenta com poder limitado".
Até o momento, Alexandre de Moraes não se manifestou oficialmente sobre o assunto. É importante notar que não há qualquer registro público ou documento formal que corrobore a intenção de candidatura.
Especialistas jurídicos confirmam que ministros do STF podem concorrer a cargos eletivos, desde que se desliguem da função antes do período eleitoral. Contudo, uma candidatura de Moraes seria um movimento incomum na história recente do país. O próprio Tagliaferro, que atualmente reside fora do Brasil e é investigado por suposta violação de sigilo funcional, tem sua credibilidade e motivações questionadas.
O ministro segue no comando de importantes decisões no STF e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mantendo o tema no campo da especulação e da disputa narrativa. Uma eventual confirmação, no futuro, teria o potencial de redefinir o cenário político de 2030.